sábado, 7 de junho de 2008

BBB - BOÊMIO BEBUM no BUSÃO

Depois de posts e mais posts das outras peitudas - Lili e Cacá - sobre as viagens de ônibus pela Cidade Maravilhosa , chegou a minha vez ! :)

Pois é... depois de 33 anos morando do outro lado da Poça, estou há um pouco mais de um ano vivendo como suburbana. Difícil pacas. O Rio é muuuuuuito maior que Niterói. Tudo aqui leva mais de meia hora pra se chegar. Mesmo sem trânsito. Temos a linha amarela, mas só se você tem carro é que ela se faz útil. De resto, é rodar e rodas, curvas e curvas, buracos e mais buracos, sinais e mais sinais, até chegarmos ao destino.

E ontem, eu precisando de um busão para um trajeto daqui do Encantado...

(pausa dramática)

Tá rindo de quê? Encantado é o nome do bairro onde moro sim, por quê? Nunca viu? Aqui ó: http://pt.wikipedia.org/wiki/Encantado_(Rio_de_Janeiro)
Ok, ele não tem nada de encantado, mas é muito limpinho, viu? humpf!

Voltando...

Fui pro ponto de ônibus pra pegar o busão até a Tijuca. Solzão na moleira. Duas da tarde. Céu azul. Calor. E eu? De preto. Inteira. Fresquinha de banho. Carregando uns 6 quilos de equipamento na bolsa. Tooooooda de preto. Calor bagarái. De preto.

- Moça, a senhora (eles, 2 meninos fofos, tinham uns 8 anos, gente... me chamaram de senhora e moça ao mesmo tempo... omodeuuuu...) quer pegar o ônibus?
- É sim, vou pra Tijuca.
- Ih, moça... tá passando não. Tem uma obra ali em cima e os ônibus agora só láááááááá na Rua Góias.



Eu. De preto. Solzão. Trocentos kg nos ombros. Caminhar. Muito. E puta da vida. Ô delícia!
E o nome da rua tinha de ser Góiás? Pra parecer mais longe ainda? E ainda pra me lembrar de um Balconistazinho de pé sujo, a quem chamo carinhosamente de Cicinho, e que me entope a caixa de email com promessas de envenenamento? Aposto que foi coisa dele! humpf!

Lá fui eu andando... parando pra perguntar onde era o ponto do busão. Era sempre "mais na frente". Cheguei. E toca a esperar. O busão veio. E cheio.

Mal rodei a roleta, e percebo o PIMBA (Pobre Imundo Mulambo Boêmio Alcoolizado) escorado na porta de saída cantarolando alegremente:

-Bidas de bentos e belaaaaaaaassssss... bidas que bão quiiiiiiiiiiiiiiiiii boooooooiiiiii.... uuuuuuuuuuu beleruuuuuuuuu... na balmaaaaaaaaaaaaa... Ô busica bunitaaaaaaaaaaaaa... uuuuuuuuuuuu beleeeeeeerrrrrruuuuuuuuuuuuuuuuu...

Ele repetiu a música do Jessé (alowwww, galera dos anos 70/80) umas 10x. Era um misto de riso, suspiros, olhares feios... mas o PIMBA tava tão alegre e "cantador", que a graça foi o melhor. E ele se aplaudia! E achava mesmo que todos queriam as músicas! Ele perguntava aos berros:

- Guem guér aquela? Uiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii au dichaampi, auéeeeeeeeeeeÊeeeeeeeee... uiiiiiiiiii auu wooooooooooooooooowwwwww ueeeeeeeeeeiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii...
-Essimélhó: aaaaaaaaaaiiiiiiiiiiiwwwwwweeeeeeeeeeeiiiiiiiiiiiiiiiiii... aaaauuwwwchooooeeeeee... iuiuiuiuiuiuiuiuiuiuiuiuiuiuuuuuiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii... bom bom bom bom... uiuiuiuiuiu

Não me perguntem nada, por favor... eu não tenho nooooooçãaaaaaoo de que música era essa. Mas fiz questão de guardar cada uiuiuiui dele! rs

Enfim... sentei. E o PIMBA lá... felizão!

No meio dessa festa toda, o nosso condutor/motorista/piloto de rolimã mandava ver no freio, nas curvas, e... ao parar nos pontos, NÃO ABRIA PORTA! O PIMBA cantarolava tão alto que o motorista não ouvia os:

- Peraeeeeeeeeee, motorista! Vai saltar!
- Abre a porta, poooooooooooooooorra!
- Vai saaaaaaaaaltaaaaaaaarr, Filadapuuuuuuuuta!
- Páaaaaaaaaara! Páaaaaaaaara!

E o PIMBA lá: "UIIIIIIIIIIIIIIIUIIIIIIIIIIIIUIIIIIII WOOOOOOOOOOWWWWWW".

- Motoristaaaaaaaaa! Tem mãe não! Ó a vovó aqui, poooooorra! Vai lá, vovó!

- woooooowwwoooooooooooooowwwwwwwwwwooooowwoooooooo AuÊEEEEEEEEEEE

- Freia devagar, Poooooorra! Tá pensando que tá levando sua mãe!

- Ummmm diaaaaaaaaaaa ainaaaaaaaaaa sooooooooooommmmmaaaaaaaaa barotinaaaaaaaaaaaaaaaaaaa... aaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhhh

- Ooooolha o buraaaaaaaaco!

Bem... e foi nessa paz e tranquilidade que cheguei ao meu destino. Uma diversão só! E o calor foi só pra melhorar a situação!

Ao saltar, ainda ganhei um "Vvvvai cum Deus, bia filhaaaa! Ó ti buniiiiiiiita a música du adeus: Bái bái, beibi baaaaaaaaibaaaaaaaiiii".

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Aleatório

Ei! Está na hora de sacudir os peitos, meninas! Se continuar assim ninguém vai provar o bom chantilly que podemos fabricar.

Que merda, não?
De qualquer forma, é hora de movimentar essa página.

Vou abolir a expressão "estou sem tempo" do meu vocabulário. Chego a ser ridícula! Até quando o tempo me sobra digo que estou sem tempo. Mas não é falha minha, o ser humano é assim. Eu sei que não estou mentindo, não precisa dizer aí do outro lado "é verdade". Às vezes nos falta vergonha na cara mesmo. E a tal sacudida.

Mas hoje resolvi aparecer nos blogs, mesmo sem falar nada de útil. É uma tática pra se livrar da inércia. Ou melhor, sair dela. Confesso que muitas vezes abria o blog, dava aquela básica passada de olho, relia alguns textos, abria a postagem e deixava pra depois. O depois nunca é algo tão próximo. E sempre chega quando a gente resolve tomar vergonha na cara. Não importa. Funciona assim pra todas as coisas!

Eu ainda estou perdida. Mas tenho muita coisa pra contar. Esse é o outro problema que nos faz deixar algo pra depois. Muitas idéias que precisam ser organizadas. Muita informação. Muitos fatos. O que será mais importante? O que fará com que alguém pare e leia?

O engraçado é que hoje em dia me perguntam se parei de escrever no Quatro Peitos. Digo que estou sem tempo. Pareço não ser a única, não meninas? (ok, piadinha idiota). A questão nem é essa mesmo. O que me deixa pra morrer é que quando a gente escreve as pessoas que perguntam não aparecem. Desculpa, mas não acho isso tão compreensível. Mas ainda assim adoro os meus amigos. Eu acho.

Enquanto enrolo um texto sem informação consistente aqui, escrevo alguns tópicos que preciso relatar no caderno que está na minha frente. Isso deve significar um post decente em breve. Se é que já fiz algo decente. Se é que esse é o meu propósito também, tem isso. Não se pode esquecer desse detalhe.

Analisando os tópicos já vejo que nada será bom o suficiente para esclarecer três meses de descaso com esse espaço. Mas posso aproveitar o momento para exercitar uma boa enrolação. Mesmo que esta não convença a ninguém. Porém, é um bom ponto de partida para sair da inércia.

Quer saber? Há um conflito aqui! Ainda estou me perguntando: que inércia? Não páro de correr pra lá e pra cá resolvendo milhares de coisas. Ei, eu não estava mentindo! Eu tentei passar aqui por várias vezes, mas não tinha a mente tranquila e idéias organizadas para postar. Muita coisa acontece ao mesmo tempo nesses últimos meses. É verdade, estou sem tempo!

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Peitos, pra que te quero?

Eu ainda acho que devíamos discutir valores ou, ao menos, possibilidades de indenizações pagas pela Prefeitura do Rio. Afinal, andar de ônibus na cidade, com ou sem sutiã, é, não só uma aventura, mas também uma tentativa de mutilação. Se há peito em abundância ou não, não importa.

O fato é que estou quase "monoteta" e esta ainda está dolorida. Motivo? Algumas vezes penso em como deve ser a análise para escolha dos motorista de ônibus do Rio de Janeiro. O pessoal do RH deve perguntar:

- O senhor é uma pessoal calma, dirige com cuidado?

O sujeito responde com um olhar sereno:

- Sim. Eu prezo pela segurança dos passageiros.
- Lamento, precisamos de alguém com um olhar mais profundo, fixo e com um jeito mais desesperado. Afinal, há engarrafamentos, passageiros com horário. Precisamos levar em conta on nossos horários também, a circulação deve durar X horas.

E assim, aquele cara que na nossa opinião não foi bem no psicotécnico e mal tinha coordenação para desenhar pauzinhos freneticamente, passa. E, consequentemente, ele que nos leva para cima e para baixo, desviando de todos os outros veículos das ruas, enfiando o transporte em espaços que, a princípio , são menores do que ele - e de fato são - e o motorista do outro veículo, assustado com o tamanho daquela "criança" que surge com todo gás atrás dele e na frente de outro, mete o pé no freio causando um pequeno acidente com uma fileira de carros que vem logo atrás.

Quem conhece, deve concordar. Se discordar, no mínimo é homem que não tem peito algum e não sente insuportável dor e muito menos percebe o movimento brusco dos peitos. Caramba, dói. Só isso que digo.

E mais, com certeza prejudica com o tempo. As mamas devem cair mais rápido. E para fazer os cálculos, devemos saber que o tempo da queda é diretamente proporcional à quantidade de vezes e tempo que andamos e permanecemos dentro de um ônibus. Eu deveria postar um gráfico que representasse o número de vezes por dia da semana que se precisa de um ônibus, mas vai ficar pra próxima. Com o que disse já dá pra visualizar.

Porém, o post é apenas para falar que andar de ônibus - no Rio - é prejudicial à estética. As mamas vão cair mais rápido. Mulheres que já fizeram cirurgia plástica de redução ou de mama ou colocaram próteses de silicone precisam estar cientes que há uma redução no tempo de duração das mesmas se necessitam frequentemente desse meio de transporte. Aquelas que acreditavam que iam manter tudo lindo e perfeito por 20 anos, podem desistir. Com todo o balanço proporcionado pelo veículo, a plástica não deve durar tanto tempo. As que nunca fizeram plástica e se gabam pelas fartas tetas, coitadas. Podem se preparar para gastar uma boa quantia dentro de algum tempo. Afinal, como o próprio movimento dos peitos dentro do ônibus, tudo que sobe tem que descer, e ali desce numa velocidade tão brusca que dá pra ver estrelas de tanta dor. Aliás, nem falei da dor quando menstruada...

A pior frase desse post:
Se Newton não tivesse deduzido a lei da gravidade - em baixo de uma macieira ou não - eu a teria descoberto dentro de um ônibus no Rio de Janeiro, mesmo que da forma mais dolorida e assustadora possível.


terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Que doçura de menina

Lívia diz:
me ocorreu uma idéia muito doida ontem... (cara maquiavélica)
Dehynha diz:
Qual?
Lívia diz:
acho que vou virar aeromoça...
Dehynha diz:
Sério? Ainda tem idade pra começar?
Lívia diz:
Acho que não. Mas essa idéia me ocorreu ontem à noite, do nada. Então, não sei NADA a esse respeito, to pesquisando aqui e vou falar com uma amiga que já é.
Dehynha diz:
Na época em que eu quis fazer isso (tinha 17 anos), cansei só de ver as provas, os cursos que tem que ter, as línguas estrangeiras, etc. Não sei como ta hoje...
Lívia diz:
Vou pesquisar no Google agora.
Dehynha diz:
jóia
Lívia diz:
“O que é preciso fazer para se tornar uma comissária de bordo? O que se deve estudar?” R: É necessário fazer um curso em uma escola de aviação civil, prestar um exame no Departamento de Aviação Civil (DAC) e, após ser aprovado e ter recebido a carteira de vôo, enviar currículos para as empresas que estiverem selecionando profissionais.
Dehynha diz:
Ótimo!
Lívia diz:
EPA!! (arregala os olhos)
“Você precisou fazer um curso de sobrevivência? Como foi? Você sentiu medo?” R: Sim, isso é obrigatório no curso. Ficamos três dias em uma ilha, sem comida, sem poder dormir e com frio, pois chovia muito. Tivemos que procurar algo que pudéssemos comer e pegar água de algumas plantas para tomar. Eu não tive medo, só estava faminta, cansada e com sede.

O QUÊ??? Essa gente ta louca??
Dehynha diz:
Pronto... chegou nas provas onde cansei! Eu lembro que fiz essa mesma cara.
Lívia diz:
CURSO DE SOBREVIVÊNCIA NUMA ILHA POR TRÊS DIAS???? Ah, rapaputaquepariu!
Dehynha diz:
E os cursos de sobrevivência a incêndio, queda de avião, pular de pára-quedas...tem tudo isso... Xuxu... você vai voar... aviões caem, têm problemas técnicos, internos... tem que ter psicologia pra lidar com passageiros nervosos, é cheio de coisas...
Lívia diz:
Eu sento o dedo nessa porra! Passageiro nervoso se trata é na bolacha!
Dehynha diz:
Que porra?
Lívia diz:
Assim, ó: CALA A BOCAAAA!!! NUM VAI MORRER NINGUÉM, TA ENTENDIDO????? E VAMO PARAR COM A FRESCURADA, SENÃO EU MESMA JOGO TODO MUNDO PELA PORTA AFORA!!!
Dehynha diz:
Ai...Acho que você deveria procurar outra ocupação, Xuxu...
Lívia diz:
(risada)
Dehynha diz:
Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk... To pensando em você numa ilha sem água e comida!
Lívia diz:
ahahahhahahahahahahah
Dehynha diz:
Na boa, liviolina... Se eu entrasse num avião com você de aeromoça e tivesse um passageiro tendo crise de nervos... Eu mesma pediria o pára-quedas! Nem ia ficar pra ver o que você faria com o pobre passageiro!
Lívia diz:
(se mija de rir) Cara, se EU entrasse num avião e tivesse uma Lívia de aeromoça, eu ia sofrer um desmaio providencial e ser recolocada em outro vôo...
Dehynha diz:
Sabe aquela piada?
Aeromoça: - O senhor vai querer jantar?
Passageiro: - Quais as opções?
Aeromoça, vulgo, Livia tentando ser uma: - Sim ou não.
(rola de rir)
Lívia diz:
E eu tenho que ouvir isso... (cara de cu)
Dehynha diz:
(gargalhando)... Mas na boa! É sua cara!
Lívia diz:
Claro que é...Aliás, realiza: o cara ta careca de tanto voar, CANSADO de saber o procedimento de decolagem e eu TENHO QUE IR LÁ MANDAR O IMBECIL COLOCAR A PORRA DO ASSENTO NA VERTICAL??????? Ah, não!!! Ô CARALHO, NUM OUVIU O CARA FALAR NO ALTO FALANTE QUE O ASSENTO É NA VERTICAL, PORRA??? (e sento um tapa na nuca)
Dehynha diz:
- Senhor... Sente-se, porque vamos pousar...
- É que estou enjoado.
- SENTA E VOMITA NO ASSENTO, porra!
Lívia diz:
- Senhor, o assento na vertical, por favor. (sorriso forçado)
- Hein? - cara de sonso.
- O ASSENTO, CARALHOOOOOOOOOOO!!!!
E dá-lhe pescoção!
Dehynha diz:
(gargalhada)
Lívia diz:
Ah, tem uma melhor...
- Senhor, aceita barra de cereal?
- Ah, num tem Maxi Goiabinha????
- SE TIVESSE EU TINHA OFERECIDO PORRAAAAAAAAAAAA...!!!
Dehynha diz:
(gargalhada) NÃAAAAAAOOOOO!! TEM UMA MUIIIIIIIIIIITO MELHOR! Na entrada... você recepcionando os passageiros e na fila, uma mãe suuuuuuuuper calma com uma criança de 4 anos hiperativa, choramingando, berrando, fazendo escândalo... Sua psicologia infantil para a criança ao embarcar: - PEDE PRA SAIR! (tabefe) PEDE PRA SAIR! (tabefe)
Lívia diz:
Ah, essa é MESMO melhor... (cara de serial killer) Ai, delícia, até coça a mão...mas tem neguinho que merece mesmo, cara... Tipo: (no alto falante) - Atenção, senhores passageiros, para sua comodidade vamos passar recolhendo o lixo. Obrigado.
Passo eu com o saco:
- Senhor, tem algum item pra jogar fora?
- Só se for esse copo...
- Não, esse o senhor MASTIGA E ENGOLE, infeliz!
Dehynha diz:
Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk... Muito bommmmmmmm!!!
Lívia diz:
Pô, eu pagava mesmo era pra ter uma turbulência...
Senhoras e senhores, se acalmem. Se continuarem a gritar eu vou me emputecer e aí vocês vão REALMENTE desejar que o avião caia!
Dehynha diz:
CAPOFT! (gargalhando)
Lívia diz:
É, cara, vou procurar outra coisa... Algo me diz que eu to mais pra juiz de futebol...

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Pretensão Salarial

É, essa vida de candidato a vaga de emprego não é fácil. Carla e eu estamos escoladas já no preenchimento dos formulários, que são repletos de perguntas estúpidas e exasperantes do tipo "Você tem experiência? Comente." ou "Como você se vê em três anos?". Mas a melhor mesmo é a famigerada "Qual a sua pretensão salarial?" e foi diante dessa beleza de pergunta que rolou o riquíssimo papo abaixo.

Lívia diz:
Ah, tem uma que eu adoro... "Qual a pretensão salarial? (não colocar a combinar)"
R: Vejamos. Eu preciso comer, pagar aluguel, água, luz, telefone, transporte, internet banda larga e tv a cabo, anticoncepcional, comprar umas roupas de vez em quando, fazer academia, comprar uns livros mesmo que seja no sebo, dar comida pro meu gato e me proporcionar algum lazer com cinemas, jantares e botecadas. Digamos que uns R$ 5.000,00 seriam suficientes, caro empregador.
Carla diz:
...e emprestar dinheiro para os amigos que poderão ganhar menos que eu. Sabe como é, uma mão lava a outra. Isso deve passar um ar de solidariedade.
Lívia diz:
Ah, se for assim, eu tenho que incluir minha participação em campanhas do quilo e do agasalho.
Carla diz:
Exato, ia falar agora.... "...sendo assim, se meu salário for de R$ 5.500,00 eu poderei ajudar mensalmente instituições de caridade, pagar diariamente os flanelinhas para que não arranhem o meu carro, gerando assim emprego e renda (para eles, claro)”.
Lívia diz:
Ah, mas peraí! Eu tava pensando em ônibus, metrô e táxi. Se for carro, o salário tem que ser maior, afinal, tem o seguro, o IPVA, a gasolina, o estacionamento e o flanelinha, sem falar no lava rápido.
Carla diz:
Certo, você finaliza com "vocês exigem carteira de habilitação?"
Lívia diz:
Aahahahahahaha... Ai, Deus!
Carla diz:
Tu esqueceu ainda a faxineira, o China in Box e a pizzaria, visto que você vai se matar de trabalhar e não vai ter tempo pra preparar comida...
Lívia diz:
Verdade!
Carla diz:
Cara, se for em SP então? Como não pedir comida? Isso não existe!
Lívia diz:
Aí, chefia, a gente morre em R$ 7.000,00 legais, ta valendo??
Carla diz:
Deixe claro: líquido!
Lívia diz:
Elementar!
Carla diz:
Caralho, mas agora - por segundos - vamos analisar... Meu, como o povo vive com 300 reais ou as vezes só a bolsa família? Tem noção disso? Completamente surreal.
Lívia diz:
Exatamente. Isso pq a conta não é na ponta do lápis, é só estimativa... AH! Temos que computar uma viagenzinha no fim de semana e uma fuga no carnaval prum lugar que não toque axé.
Carla diz:
Certo. Em época de verão os gastos aumentam, anota aí: picolés na praia, milho verde, pamonha, água de coco (é preciso hidratar, meu filho), restaurantes à beira-mar são mais caros, principalmente no verão, gastos com artesanatos locais e passeios turísticos.
Lívia diz:
Ahahahahahahahaha...PAMONHA?
Carla diz:
Eu não como, mas e a amiga que tá junto e que vai falar "paga pra mim porque estou sem trocado"? Ora, penso em tudo... e você sabe, até R$ 2,00 a gente nunca aceita receber
Lívia diz:
Nossa, dois reais?? O limite é baixo assim??
Carla diz:
Porra, Lívia, ainda não ganho os 7 mil líquidos. Por isso vem a frase: Eu quero ter um milhão de amigos pra pedir emprestado R$ 1.00 pra cada um... Cara, ninguém te cobra R$ 1,00. Com base nesse fato, ficar milionário não é difícil.
Lívia diz:
Verdade... Ou não. Porque EU ter um milhão de amigos é realmente impossível (eu ia dizer virtualmente, mas virtualmente é totalmente possível, então...)... EU tolerar tanta gente assim é impensável.
Carla diz:
Minha filha, "amigos" são seres em extinção. Mas R$ 1.00 a gente consegue com cara de turista perdido nas ruas da cidade "peguei ônibus errado, fiquei sem grana, pode me emprestar um real, moço?" (cara do gato de botas)
Lívia diz:
ahahahahaha...Nem tanto, lembra do altão esquisito que tentou passar esse caô na gente no dia do japonês? Polido, educado e cara de pau...mas não colou.
Carla diz:
Ele não estava com cara de gato de botas e não conseguiu a nossa atenção... Ah, uma boa pergunta para destacar é "... aliás, vocês dão plano de saúde?"
Lívia diz:
Caramba, é verdade! Se não, temos que subir mais uns mil reais...
Carla diz:
Se disser não, acrescente: "Então senta que lá vem história, digo, cálculos"
Lívia diz:
Consultas, exames, remédios, uma possível internação, um possível parto, uma possível intervenção cirúrgica...
Carla diz:
E lá em cima, no lazer, onde você fala sobre cinemas e botecadas, você inclui as idas aos museus, exposições, teatros e shows? Afinal, eles não vão querer lidar com um ser desprovido de cultura!
Lívia diz:
Siiim, é verdade...
Carla diz:
Gente, viver tá ficando caro...
Lívia diz:
Tenho que incluir também o dinheiro da assinatura de jornal...
Carla diz:
... e revistas.
Lívia diz:
Eu falei de livros, mas não de cds e dvds. Melhor falar, ou eles podem pensar que: ou eu não tenho cultura, ou que sou adepta de pirataria...
Carla diz:
Exato! Destaque!
Lívia diz:
Esquecemos de algo?
Carla diz:
Eu tô aqui pensando, tenho certeza que algo ficou de fora...
Lívia diz:
Geeeeeeeeeente, mas é claro que sim!!! Manicure, cabeleireiro, depilação e massagista!!!
Carla diz:
Mas é claaaaro!
Lívia diz:
COMO eu vou ser uma poderosa e linda mulher de negócios sem isso???
Carla diz:
Lembrando que não pode ser qualquer um.
Lívia diz:
Não mesmo. E mais: maquiagem. Tá pensando que dá em árvore, caro empregador?
Carla diz:
Rá! No mínimo as do Boticário porque isso eu admito que é bom!
Lívia diz:
Tsc...Sem merchandising, já basta o China in Box.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Eu não quero falar de peitos!

Cara, hoje eu acordei de ovo virado. Aliás, o que significa essa porra dessa expressão, hein? Minha avó diz isso desde que eu me entendo por gente, sempre fez parte do vocabulário corrente e eu nunca soube o que queria dizer isso. Ok, ok, você pode estar aí pensando: QUE vocabulário corrente, cara pálida? Mas, amigo, eu te digo, se você nunca nasceu ou morou em Minas, no seio da autêntica TFM (Tradicional Família Mineira, instituição mais impiedosa que a Gestapo!), não vai saber mesmo do que eu to falando.

Aliás, eu me dei conta outro dia de que isso aqui é outro mundo, outro planeta. As pessoas dizem coisas que eu fico de cabelo em pé. Por exemplo, você já ouviu alguém dizer "quando é fé"? É, isso mesmo. Surge essa coisa no meio do discurso assim, do nada. Aí eu olho pra minha mãe, por exemplo, e pergunto: Peraí, pára tudo. COMO ASSIM, "quando é fé"??? E, muito surpresa com a minha pergunta, ela responde: É, ora. Fulano tava fazendo tal coisa e "quando é fé" ele viu o bode passando no meio da estrada.

HEIN??

Ok, vai, o bode é maldade minha, ainda bem que a minha mãe não conhece esse blog. Ho ho ho.

Museu da Língua Portuguesa

Mas então, no contexto dela, a tal "quando é fé" quereria dizer "de repente", ou "quando ele se deu conta". MAS POR QUE ESSA PORRA DE EXPRESSÃO SEM SENTIDO??? Afinal, "dar fé", longe de significar emprestar ao outro um pouco da sua crença em alguma coisa, significa ATESTAR A VERACIDADE de alguma coisa. Os funcionários públicos fazem isso todo santo dia em todo santo carimbo. Eu comi o juízo dela um dia desses com essa discussão. Ela foi dando respostas, cada vez mais sem cabimento. Até que me saiu com um: AH, MENINA, VAI APORRINHAR OUTRO, VAI?

E depois reclamam que a geração nova é alienada. Affe. Eu só queria saber, credo. (faz cara de santa)

Mas esse assunto doido começou porque eu tava dizendo que acordei meio "do contra" hoje. Aliás, eu vim aqui pra dizer que eu não ia falar de peitos e nem desse assunto eu gosto. A única hora que eu acho divertida essa conversa de peito é...bom, é a hora em que ela não é, absolutamente, tema de conversa. Mas deixa pra lá, né? Too much information!

Mas pra ninguém vir me acusar de subversão da peitaria, menciono um aspecto, a meu ver, muito relevante do assunto.

Você, que está me lendo, já usou um sutiã? Bom, tem cinqüenta por cento de chance que sim e que não. Em todo o caso, eu declaro contundentemente: EU NÃO GOSTO DE SUTIÃ. Aliás, vou mais além: evito usar essa porcaria sempre que eu posso. E é aí que entra a minha questão super relevante sobre o papo: Você já andou num ônibus sem sutiã?

Com, sem, do avesso. Argh!

OMG, ninguém merece isso. Nem de pé, nem sentada, nem deitada. E muito menos no banco de trás! E menos ainda na cidade do Rio de Janeiro! Você que está me lendo já viu como dirigem os motoristas de ônibus do Rio de Janeiro? SENHOR JESUS DA GLÓRIA! Só o transporte coletivo já era motivo pra eu nunca mais querer voltar naquela cidade! Parecem que estão carregando porcos pro abate. E os porcos não podem ter peitos e não podem estar sem sutiã, a menos que queiram sentir a sensação de tê-los arrancados ou pior, tenham que vergonhosamente esquecer que têm um monte de outros porcos em volta e segurar os peitos com as mãos pra diminuir o impacto.

Ô, Deus, como eu queria que o assunto de peitos fosse só o que não é conversado!

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Essa tem peito... e nada mais

É moda. Mete peito, tira peito, tira barriga, modela coxa, põe botox, tira ruga onde não tem, faz bronzeamento artificial e assim por diante. Mas tem cada caso...

Que o a maioria dos brasileiros conhece a
mulher com os maiores seios siliconados do país – 1,2 mil ml em cada seio – nem discuto. A modelo Sheila de Almeida já fez 14 cirurgias plásticas, incluindo a de abdômen e correções no nariz e na boca, retirada de duas costelas e lipoaspiração.

Sheila, em momento de felicidade exibindo o que tem em
abundância, quase derruba os porta-retratos!

De ladinho para garantir a alegria da rapaziada.


O que é isso? A r
eceita do sucesso? Talvez seja essa a saída encontrada por quem nunca tem o que dizer. Eu aproveito a situação e faço piada. O que importa é que ela vai me render sempre um novo post. Em caso de falta de assunto, apelo para Sheila.

Ao menos, depois do enchimento e tudo mais, ela virou notícia. Como se não bastasse, a moça quer chegar aos 2,5 mil ml por teta para competir com uma modelo argentina. Parece que a “rivalidade” esportiva vai além do que imaginávamos. Eu me pergunto como esse ser humano se equilibra ou quanto suporta a dor na coluna.

As singelas tetas vão aparecer no “terror meio comédia” Anomally, de Terry Wickman. Acho que nem preciso comentar. Filme perfeito para estréia de tal protuberância de plástico revestido de pele. Eu incentivo. “Vai, minha filha, faça como todo o brasileiro. Mete os peitos e vê no que dá” (capaz de impedir a visão).

A ironia desse assunto e o motivo de tê-lo abordado, visto que muitos sabem de tudo que eu falei? Descobri que esse indivíduo é minha conterrânea, é mole? Capixaba como eu e disso não fazia a mínima idéia. Decepção? Nem tanto, gente assim tem em todo lugar hoje em dia. O questionamento surgiu quando soube que ela pretende gravar um disco de músicas country...

Seria a mais nova Beth Guzzo? (Ê, saudade, hein? * cof cof)


Se ela aprender esse olhar (quase) fatal e associá-lo aos gigantescos tchutchus, talvez consiga convencer o Gugu a voltar com o Sabadão Sertanejo




Se fosse da Sheila eu comprava agora!



*** Tchutchus são, simplesmente, PEITOS, MAMAS, TETAS ou coisas do gênero