sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Eu não quero falar de peitos!

Cara, hoje eu acordei de ovo virado. Aliás, o que significa essa porra dessa expressão, hein? Minha avó diz isso desde que eu me entendo por gente, sempre fez parte do vocabulário corrente e eu nunca soube o que queria dizer isso. Ok, ok, você pode estar aí pensando: QUE vocabulário corrente, cara pálida? Mas, amigo, eu te digo, se você nunca nasceu ou morou em Minas, no seio da autêntica TFM (Tradicional Família Mineira, instituição mais impiedosa que a Gestapo!), não vai saber mesmo do que eu to falando.

Aliás, eu me dei conta outro dia de que isso aqui é outro mundo, outro planeta. As pessoas dizem coisas que eu fico de cabelo em pé. Por exemplo, você já ouviu alguém dizer "quando é fé"? É, isso mesmo. Surge essa coisa no meio do discurso assim, do nada. Aí eu olho pra minha mãe, por exemplo, e pergunto: Peraí, pára tudo. COMO ASSIM, "quando é fé"??? E, muito surpresa com a minha pergunta, ela responde: É, ora. Fulano tava fazendo tal coisa e "quando é fé" ele viu o bode passando no meio da estrada.

HEIN??

Ok, vai, o bode é maldade minha, ainda bem que a minha mãe não conhece esse blog. Ho ho ho.

Museu da Língua Portuguesa

Mas então, no contexto dela, a tal "quando é fé" quereria dizer "de repente", ou "quando ele se deu conta". MAS POR QUE ESSA PORRA DE EXPRESSÃO SEM SENTIDO??? Afinal, "dar fé", longe de significar emprestar ao outro um pouco da sua crença em alguma coisa, significa ATESTAR A VERACIDADE de alguma coisa. Os funcionários públicos fazem isso todo santo dia em todo santo carimbo. Eu comi o juízo dela um dia desses com essa discussão. Ela foi dando respostas, cada vez mais sem cabimento. Até que me saiu com um: AH, MENINA, VAI APORRINHAR OUTRO, VAI?

E depois reclamam que a geração nova é alienada. Affe. Eu só queria saber, credo. (faz cara de santa)

Mas esse assunto doido começou porque eu tava dizendo que acordei meio "do contra" hoje. Aliás, eu vim aqui pra dizer que eu não ia falar de peitos e nem desse assunto eu gosto. A única hora que eu acho divertida essa conversa de peito é...bom, é a hora em que ela não é, absolutamente, tema de conversa. Mas deixa pra lá, né? Too much information!

Mas pra ninguém vir me acusar de subversão da peitaria, menciono um aspecto, a meu ver, muito relevante do assunto.

Você, que está me lendo, já usou um sutiã? Bom, tem cinqüenta por cento de chance que sim e que não. Em todo o caso, eu declaro contundentemente: EU NÃO GOSTO DE SUTIÃ. Aliás, vou mais além: evito usar essa porcaria sempre que eu posso. E é aí que entra a minha questão super relevante sobre o papo: Você já andou num ônibus sem sutiã?

Com, sem, do avesso. Argh!

OMG, ninguém merece isso. Nem de pé, nem sentada, nem deitada. E muito menos no banco de trás! E menos ainda na cidade do Rio de Janeiro! Você que está me lendo já viu como dirigem os motoristas de ônibus do Rio de Janeiro? SENHOR JESUS DA GLÓRIA! Só o transporte coletivo já era motivo pra eu nunca mais querer voltar naquela cidade! Parecem que estão carregando porcos pro abate. E os porcos não podem ter peitos e não podem estar sem sutiã, a menos que queiram sentir a sensação de tê-los arrancados ou pior, tenham que vergonhosamente esquecer que têm um monte de outros porcos em volta e segurar os peitos com as mãos pra diminuir o impacto.

Ô, Deus, como eu queria que o assunto de peitos fosse só o que não é conversado!

3 comentários:

Carla disse...

O "ovo virado" me fez pensar em coisas profundas, mas não vem ao caso. Porém resgatei o produto que apresentei com dois amigos na faculdade - aula de marketing:

"Ovos Square. Até Colombo coloca de pé."

As embalagem ficaram ótimas. Quadradinhas nas cores azul (sabor tradicional), amarela (pizza) e verde (ervas finas), algo assim. Não lembro quanto tiramos, mas garantimos uma boa risada com a apresentação.

Como é? "Quando é fé" = de repente? "Pelamordi" Deus... só podia ser coisa da 'terra de Uber' mesmo! Pelos relatos isso, na minha opinião, é trabalho pra tese de mestrado.

Quanto a usar sutiã no ônibus quando estivermos no RJ, discordo. É necessário mais reforço! hahahaha
Imagina o psicotécnico daqueles motoristas? "O senhor não tem um quê de psicopata. Está reprovado".

Nem boi é transportado com "tamanha" delicadeza...

Gabi Bianco disse...

Por partes. Ovo virado é o seguinte: imagina a galnha botando um ovo. Anatomicamente, ele tem que sair de pezinho, senão...er... bom, senão acho que nem sai. Vai daí, quem tá de ovo virado não consegue pôr o ovo e fica mal humorado.

Outra coisa: andar sem sutiã de ônibus quando se tem peitos como os meus envolve apenas uma coisa: BRAÇOS CRUZADOS. Sério, não dá. Chacoalha tudo, é um horror. Certeza que as feministas que queimaram sutião usavam tamanho 38.

Cadu disse...

Ué Eu disse que o MEU é menos interessante do que o seu, logo o seu é mais legal que o meu ! rs rs rs poxa !